Energia Solar no Brasil e perspectivas de crescimento
- 21/10/27
- Industry News
Muito tem se falado sobre aquecimento global e mudanças climáticas no Brasil e no mundo. Segundo cientistas, se não tomarmos atitudes efetivas agora, daqui dez anos os danos serão irreversíveis, podendo fazer a sociedade entrar em colapso.
Um dos grandes agentes que colabora para a emissão de gases na atmosfera e impacta o meio ambiente de forma agressiva e avassaladora são os combustíveis fósseis, muitas vezes usados em usinas hidrelétricas para a geração de energia. Isso tudo você provavelmente já sabe. Mas ajuda a dar um bom contexto.
O fato é que, por conta disso, muitos países de primeiro mundo estão adotando as chamadas fontes de ENERGIA LIMPA. Este conceito abarca toda a eletricidade gerada através de fontes renováveis e sem a emissão de poluentes ou impactos ao meio ambiente. Atualmente, as maiores representantes desse tipo de energia são as energias solar e eólica.
A grande vantagem das fontes de energia limpa é o fato de serem naturais e INESGOTÁVEIS. No caso da energia solar, a luz do astro-rei pode ser usada para a geração de energia elétrica através de dois tipos diferentes de tecnologia: a fotovoltaica e a heliotérmica.
A fotovoltaica é aquela que traz a transformação da radiação solar diretamente em corrente elétrica por meio das células que absorvem essa luz (fotovoltaicas) as quais compõem os módulos (ou placas) fotovoltaicas, que ficam expostos ao sol. Essa tecnologia é a mais usada em grandes projetos de usinas solares pelo mundo, e já é realidade na distribuição de energia para milhões de lares e comércios pelo mundo por meio dos chamados sistemas fotovoltaicos conectados à rede que integram a geração distribuída de energia.
Mas energia solar não é cara e complicada?
Infelizmente, a grande maioria da opinião popular ainda acha que a instalação de painéis fotovoltaicos é extremamente cara, não considerando a economia final de até 95% na conta de luz e principalmente o impacto ambiental nulo através do qual todo nosso planeta sai ganhando.
No final, é um investimento, com retorno líquido e certo - e para se tornar prática, o cidadão pode recorrer a diversas empresas com linha de crédito chamadas de carbono zero, que apresentam redução de taxas, financiamento e demais facilidades para a instalação de painéis solares, capazes de cobrir todo o valor do seu projeto e ainda te gerar retorno financeiro.
Além disso, existe A GERAÇÃO DE CRÉDITOS DE ENERGIA - ademais seus diversos benefícios, a energia solar ainda gera créditos e reduz a conta de luz do consumidor final. A energia excedente gerada em uma unidade fotovoltaica, produz créditos de energia solar, ou seja, a energia que não for utilizada no imóvel retornará para a concessionária, transformando-se em créditos de energia solar que serão abatidos da fatura de luz.
Energia Solar no Brasil
Como diz a canção, moramos em um país tropical, repleto de recursos naturais, e um deles é a vantagem de termos níveis de incidência solar muito superiores aos de países que desenvolvem projetos fotovoltaicos há tempos como Alemanha, França e Espanha. Portanto, a geração de energia fotovoltaica precisa ser amplamente explorada no país, já que possuímos todos os meios para isso.
Atualmente, a energia solar no Brasil é utilizada em muitas residências, estabelecimentos comerciais de pequeno, médio e grande porte, indústrias, propriedades rurais e em serviços públicos, como iluminação de praças, escolas e outros. O número de imóveis que já utilizam energia solar fotovoltaica para a geração de eletricidade atingiu 30 mil, dividindo-se entre casas e empresas em todo o país, segundo dados da Aneel de 2019. Porém, isso equivale a apenas 1,2% do total da matriz energética brasileira, com sistemas fotovoltaicos, majoritariamente instalados nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Estados como Acre e Amazonas ficam atrás, totalizando juntos 13 instalações de energia solar atualmente.
Se esse ritmo de adoção de energia limpa continuar, estima-se que em 2024 o território brasileiro contará com aproximadamente 887 mil sistemas de energia solar conectados à rede, estabelecendo uma maior economia em relação às distribuidoras convencionais, além da manutenção e preservação ambiental.
Perspectivas
Segundo dados do IPEA, a crise sanitária causada pela epidemia do Covid-19 no mundo acelerou mudanças comportamentais e tendências emergentes e criou oportunidades para um caminho mais sustentável na geração de energia global.
O BP Energy Outlook (BP, 2020b) aponta que a pandemia pode causar impactos pronunciados sobre o consumo de petróleo, devido ao ambiente econômico mais fraco, com pico da demanda de óleo em meados de 2020, enquanto o aumento do consumo energético mundial é mais do que atendido pelas tendências da eletrificação e do maior uso de gás natural. Espera-se, assim, uma mudança significativa dos hidrocarbonetos tradicionais em direção à maior diversificação do mix de energia, com expansão das energias renováveis.
Os países em desenvolvimento devem liderar o crescimento econômico e do consumo de energia, correspondendo a 70% da demanda global de energia em 2050 (BP, 2020b).
Nesse grupo, se destacam as trajetórias dos chamados BRICS, conjunto de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que representam 41,1% da população, quase um quarto do PIB global e mais de um terço do consumo e produção de energia mundiais.
O Brasil vai mudar a matriz energética até 2029, com redução na geração hidráulica, de 58% para 42% do total produzido, e aumento significativo das fontes eólica, que praticamente vai dobrar, e solar, com participação quatro vezes maior. As estimativas constam do Plano Decenal de Expansão de Energia 2019-2029, divulgado em 11/02/2020 pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Portanto, a hora de investir em energia solar, para salvar o planeta e o seu bolso é exatamente agora.
No final de 2015, havia cerca de 700 empresas atuando no setor. No ano seguinte, o crescimento foi de 1400 empresas no nicho. Com base no tamanho do mercado brasileiro, estimamos que em 2022 teremos por volta de 5.000 empresas movimentando de R$ 5 a R$10 Bi nesse mercado.
Com base na curva de crescimento das instalações, o setor fotovoltaico deve estar empregando aproximadamente 100.000 pessoas hoje. É um mercado em franco crescimento e, com o aumento e popularização da demanda, vai haver uma queda nos preços dos equipamentos, com adoção de medidas facilitadoras para a utilização da energia solar em massa. Em alguns anos, a energia solar pode ser a fonte de energia mais barata disponível.
É nosso dever como sociedade cobrar autoridades sejam elas civis ou governamentais para que possamos criar um novo modelo de desenvolvimento energético que seja próspero, justo e inclusivo, respeitando os limites naturais da Terra, a casa que partilhamos.